Esta é a continuação de um trabalho que eu comecei em 2020, com mapeamento de mulheres agricultoras agroecológicas do estado do Rio de Janeiro (Brasil), que se considerem guardiãs de sementes crioulas e/ou florestais, com objetivo de criação de uma rede de casas de sementes crioulas e florestais em diferentes territórios do estado, que sejam mantidas por mulheres agricultoras, onde elas possam doar, trocar e até vender as sementes, de acordo com a demanda local e as próprias necessidades. Ele se justifica pela escassez e a dificuldade de se encontrar sementes crioulas para a agricultura no estado, dificultando o processo da transição agroecológica e a viabilidade econômica em muitas propriedades. O intuito do recorte de gênero é ajudar a recuperar o biopoder e a autonomia das mulheres do campo através da posse e do conhecimento das sementes, do contato com outras mulheres em rede, e da possibilidade geração de pequena renda.