Ruas Verdes: plantando e colhendo memórias

Somos um grupo de jovens que busca incentivar a participação de sujeitos amazônidas em práticas socioambientais visando estimular a conscientização quanto à necessidade de preservação e restauração de espaços públicos de Belém/PA em busca de áreas verdes, efetuando a limpezas para realizar a revitalização por meio de oficinas de jardinagens, pintura, leitura e debates, havendo também a restauração da estrutura dos locais e o plantio de mudas e sementes. Promovemos ações com o objetivo de construir espaços de convivência em locais anteriormente abandonados e sem utilização constante em belém, dando novos significados para as ruas de Belém por meio de movimentos coletivos.Realizamos o acompanhamento periódico junto à comunidade de modo a garantir a constante manutenção do espaço revitalizado em conjunto com as juventudes locais.Articulamos realidades em prol de contribuir com a efetivação das ODS's, focando principalmente na meta 11 e 12, abarcando temas como cidades e desenvolvimento.
¿Cuál es el problema que están resolviendo?
O Coletivo Jovem de Meio Ambiente- PA pode ser interpretado como um grupo onde ocorrem processos educativos, em que observamos a interação de sujeitos em busca de objetivos e lutas interligadas com a coletividade em prol de fomentar a participação social, reconstrução e quebra de padrões pré-estabelecidos historicamente.É fato que o Coletivo Jovem do Meio Ambiente- PA é formado por uma juventude que se desloca de sua realidade e especificidades, levantando-se para lutar pelos ideais defendidos pelo movimento. A juventude presente no Coletivo Jovem é composta por pessoas oriundas de vários locais como Benevides, município que integra a Região Metropolitana de Belém-RMB, distante do centro, onde ocorrem às reuniões, aproximadamente 1h em transporte particular; do distrito de Icoaraci no Município de Belém, cuja distância é de 42 minutos com trânsito moderado, e do Bairro da Cidade Nova no Município de Ananindeua que também faz parte da RMB, distante 40 minutos, e outros espaços que podem ser considerados distantes de Belém. Com isso percebe-se que, apesar das distâncias, das barreiras e especificidades a atuação do jovem se faz presente e a juventude tem lutado no movimento ambientalista. O grupo é construído, pensado e articulado para atender as comunidades que fazem parte do Estado do Pará, reconhecendo realidades e individualidades, atuamos de zonas ribeirinhas à áreas urbanas, estabelecendo diálogos em uma perspectiva socioambiental em suas ações enquanto movimento ambientalista. Dessa forma, a questão dos resíduos sólidos se torna pauta dentro das lutas do coletivo, pois tal problemática afeta todas atividades, pessoas e espaços convertendo-se em um problema não só pelo o que representa em termos de recursos desperdiçados, mas também pela presente incapacidade de se encontrar lugares adequados que permita a acomodação correta do lixo de vista ambiental. Das cerca de 10 mil toneladas de resíduos sólidos produzidos diariamente no Pará, quase três mil toneladas deixam de ser recolhidas, ficando a céu aberto ou poluindo rios e mananciais. E o que é mais grave: não existe um só município paraense que disponha de aterro sanitário que atenda a todos os requisitos necessários. O cenário piora quando considera-se Belém uma capital com grande fluxo fluvial de passageiros, que acabam por diversas vezes descartando os resíduos pessoais nos rios amazônicos. O descarte contínuo e sem critérios dos resíduos sólidos resultantes dos produtos consumidos, cria diversos impactos ambientais, visíveis e muito presentes nas cidades brasileiras, Belém do Pará é uma delas, quem reside na capital e até mesmo quem vem visitar percebe o quão suja é a nossa cidade, a grande questão é: todos sabemos do problema, mas poucos tomam atitudes para mudar este cenário, talvez por falta de apoio, por ter não ter informação de como fazer, e até por comodismo, a ideia de não acreditar em uma mudança, a incredibilidade nos gestores e na população.Dessa forma, reconhecemos que os espaços públicos, local em que visamos atuar, se constroem interações e na maior parte dos casos é regido pelo Estado, representando assim um diálogo entre a sociedade em geral com as leis e normas que a regem, sendo importante ressaltar que, com o enraizamento do consumismo e a expansão desenfreada do capitalismo, este espaço passou a assumir características que lhe incubem valor de troca, sendo assim usado como mecanismo que intensifica a desigualdade e segregação espacial, já que nem todos os espaços possuem o mesmo valor no mercado, subalternizando assim as áreas mais periféricas, promovendo a elevação e valorização dos espaços mais centrais, desencadeando a subalternização de práticas socioculturais que não se vinculam ao padrão aceito dentro de determinados espaços públicos em virtude do sistema hegemônico/neoliberal atual, acarretando em dificuldades para a chegada de recursos reconhecidos como básicos para sociedade, surgindo problemáticas relacionadas ao saneamento básico das localidades consideradas periféricas, pois se destina a atenção à uma parcela da comunidade e silencia a outra parte. Quando pensamos em espaços verdes nos remetemos, na maioria das vezes para locais como praças e bosques localizados em áreas privilegiadas, que em sua maioria são produtos para o consumo de quem detêm determinado poder, já que se impõe medidas e limites de possibilidades para se utilizar o espaço, valorizando-se a cultura dominante e subalternizando os saberes e práticas dos que não fazem parte do grupo priorizado pelo capitalismo.Sendo assim, o projeto Ruas Verdes surge a partir de uma busca em reconhecer os espaços onde recursos básicos não são disponibilizados, construindo e resgatando novos significados que as ruas das periferias de Belém/PA guardam, dialogando com as memórias e promovendo debates socioambientais.
¿Qué impacto positivo tiene su proyecto en su comunidad? Expliquen de la forma más concreta posible cuál es su impacto social, ambiental y/o económico actual. (Max. 500 caracteres)
A iniciativa já promoveu duas ações, nos dias 24/05/2019 e 30/06/2019, buscando agora expandir a proposta para outras áreas na cidade de Belém, sendo assim, até o dado momento, a ação já atingiu 120 sujeitos locais e mais 40 voluntários do movimento que participaram das primeiras aplicações do projeto, atualmente contamos um crescimento efetivo de jovens moradores de Belém que buscam o movimento e passaram a se engajar na luta sociambiental após contato com o projeto.
¿Con cuál de las cuatro áreas temáticas de este desafío se vincula tu propuesta?
3- Materiais sustentáveis – Consumo Responsável (ODS 12) / Luta contra a Mudança do Clima(ODS 13) / Vida submarina e ecossistemas terrestres (ODS 14 e 15).
¿Qué hace que su proyecto sea innovador?
Partimos de um contexto diverso e que ao mesmo tempo possui realidades particulares: a Amazônia. Um lugar com universos incompreendidos com vozes silenciadas caracterizadas por incertezas e imagens que são desenhadas por olhares de fora, dos que não vivem a realidade, cotidiano e obstáculos do Norte do Brasil e não conseguem sentir ou visualizar a complexidade que é ser morador, pertencente e vindo da Amazônia. Pensamos àreas verdes em um local onde as problemáticas ambientais estão se intensificando e causando prejuízos tanto regional quanto mundial. Vivemos diante de um quadro em que ação do ser humano vem ultrapassando limites e atingindo parâmetros que comprometem a integridade da vida no planeta e, em busca da mudança, percebemos a necessidade de transformar as cidades a partir de métodos significativos, interativos e interligados com pautas globais. O presente projeto trata sobre memória e ao mesmo tempo debate consumismo, revitalização e o processo de se criar novos significados a partir das margens, dos periféricos, renegados e excluídos. Somos inovadores por partirmos da base da sociedade por meio de um movimento que articula novos/velhos atores como sujeitos coletivos na luta pela causa socioambiental amazônida. Acreditamos que a questão inovadora do projeto é justamente como encaramos as questões ambientais diante do quadro atual da humanidade. Ao defendermos que sociedade e natureza caminham juntas, visualizamos a necessidade de desenvolver ações sobre cidades e questões ambientais de forma articulada com a sustentabilidade socioambiental, metodologias colaborativas, formação política e histórica, enfatizando a necessidade de compartilhar, em âmbito local, conhecimentos, saberes, memórias e experiências para assim criar espaços e processos de aprendizagem significativa nas comunidades paraenses que serão atingidas pela iniciativa. Partimos de um contexto diverso e que ao mesmo tempo possui realidades particulares: a Amazônia. Um lugar com universos incompreendidos com vozes silenciadas caracterizadas por incertezas e imagens que são desenhadas por olhares de fora, dos que não vivem a realidade, cotidiano e obstáculos do Norte do Brasil e não conseguem sentir ou visualizar a complexidade que é ser morador, pertencente e vindo da Amazônia. Pensamos áreas verdes em um local onde as problemáticas ambientais estão se intensificando e causando prejuízos tanto regional quanto mundial. Vivemos diante de um quadro em que ação do ser humano vem ultrapassando limites e atingindo parâmetros que comprometem a integridade da vida no planeta e, em busca da mudança, percebemos a necessidade de transformar as cidades a partir de métodos significativos, interativos e interligados com pautas globais. O presente projeto trata sobre memória e ao mesmo tempo debate consumismo, revitalização e o processo de se criar novos significados a partir das margens, do periférico, renegado e excluído. Somos inovadores por partirmos da base da sociedade por meio de um movimento que articula novos/velhos atores como sujeitos coletivos na luta pela causa socioambiental amazônida.
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Ana Rosa Calado Cyrus
Equipo
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hace 4 años